Le sentiment linguistique chez Saussure, sous la direction de Gilles Siouffi. Lyon : ENS Editions (Langages), 2021, 192 pages, ISBN 979-10-362-0328-2, € 23
Notice de l’Éditeur avec Sommaire

« Tout ce qui est dans le sentiment des sujets parlants est phénomène réel », écrivait Saussure dans les années 1880 en vue d’un possible cours de morphologie. Mais le terme sentiment ne fait pas partie de ceux, tels signe, système, synchronie ou diachronie, qu’on associe au canon des concepts saussuriens. Le projet de cet ouvrage est de montrer au contraire que le sentiment linguistique occupe une place essentielle dans la pensée du linguiste genevois, et qu’il est peut-être l’instance principale qui lui permet de définir ce qu’il appelle la « langue ». Les contributions de cet ouvrage mènent l’enquête autour de ce qu’on peut appeler le sentiment linguistique chez Saussure, en explorant les inspirations que Saussure a pu prendre chez ses prédécesseurs, étudient les diverses inflexions que le motif prend chez lui, notamment à partir des sources manuscrites, et explorent les enjeux de la notion aujourd’hui. Prenant place dans le champ de l’histoire des idées linguistiques, il est aussi susceptible d’ouvrir de nouvelles pistes de recherche sur l’appréhension des faits linguistiques par le sujet parlant.

Contributions de : Gilles Siouffi, Vincent Nyckees, Bruno Courbon, Emanuele Fadda, Loïc Depecker, Philippe Monneret.

Valdir do Nascimento Flores, Saussure e a tradução, Brasilia, Editora UnB, 2021, 180 p., ISBN 978-6-5584-6024-4, eISBN 978-6-5584-6055-8, R$ 18,00
DOI: 10.7476/9786558460558
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Saussure e a Tradução objetiva derivar da linguística de Saussure uma refl exão acerca da tradução. Há vários motivos para propô-la: a) a necessidade de reler Saussure a partir de novas bases, levando em conta a especializada filologia saussuriana e a crescente divulgação de manuscritos que, hoje, permitem rever o destino dado a esse pensamento no século XX; b) a pertinência da teoria para a abordagem da tradução, considerando a amplitude que tem uma visão de conjunto da língua – articulada à diversidade das línguas – para tratar o fenômeno tradutório; c) finalmente, a prática tradutória de Saussure, tendo em vista que recentes documentos atestam que Saussure era um tradutor e, ainda mais, que essa atividade se coaduna com o seu pensamento acerca da linguagem, da língua e das línguas. O livro também reúne reflexões comparativas ao filósofo-linguista alemão Wilhelm von Humboldt que, como se sabe, legou importantes ideias sobre o fazer tradutório a partir da tradução da peça teatral Agamêmnon, de Ésquilo. Recentes manuscritos saussurianos comprovam que a mesma peça foi também traduzida por Saussure. Nesse caso, uma contraposição entre as duas traduções é feita a partir das discussões que ensejam os comentários feitos pelos tradutores. Tudo isso é pensado no quadro de uma antropologia da enunciação, ou seja, de uma reflexão que coloca o Homoloquens, o falante, no centro da reflexão. No caso em questão, o falante é nada mais nada menos que o tradutor Ferdinand de Saussure.

Language & History 64/1, April 2021, 67 p., Taylor & Francis, ISSN: 1759-7536 – eISSN: 1759-7544
Publié en ligne : 31 mars 2021
Notice de l’Éditeur

Table des matières

Articles

Greg Brooks, Joseph Neef (1770-1854): a forgotten pioneer of applying phonetics and regularised phonic materials to the initial teaching of literacy in English
DOI: 10.1080/17597536.2020.1864983
José Miguel Blanco Pena, On ancient vs. modern, eastern vs. western, contributions to text coherence theory
DOI: 10.1080/17597536.2021.1888369
Frederick Newmeyer, A post-Bloomfieldian’s last stand: Charles Hockett’s attempt to resign from the LSA in 1982
DOI: 10.1080/17597536.2020.1806523

Book Reviews

The history of language learning and teaching. I: 16th-18th Century Europe, II: 19th-20th Century Europe, III: across cultures
Edited by Nicola McLelland and Richard Smith, 3 vols., Cambridge, Legenda, 2018
(Simon Coffey)
DOI: 10.1080/17597536.2020.1744268
Language, mind, and body: a conceptual history
by John E. Joseph, Cambridge, Cambridge University Press, 2018
(Joseph L. Subbiondo)
DOI: 10.1080/17597536.2020.1744503